sábado, 18 de setembro de 2010

Classe política rejeita 'aventureiros' na disputa


Lideranças são unânimes em debate no Fórum Brasil, na Uniso

Até a classe política reclama por reformas no processo eleitoral e critica a falta de limites na busca do voto. Esse foi um posicionamento unânime durante os debates do Fórum Brasil, realizado de 13 a 17 de setembro, pelo Centro Acadêmico de Jornalismo (CAJor), da Universidade de Sorocaba.

O evento contou com a participação do presidente nacional do PPS, senador Roberto Freire; do marketeiro político Chico Santa Rita (PV); do jornalista Raul Christiano Sanches (PSDB), assessor especial do ministro da Educação no governo FHC; da ex-prefeita paulistana Luiza Erundina (PSB) e do delegado da Polícia Federal, Protógenes Queiroz (PCdoB).

Para o presidente do CAJor, Rodrigo Calzzetta Freire, o objetivo da organização, em promover o debate ideológico e a apresentação das variadas óticas de um projeto nacional para o país, foi alcançado.

Aventureiros

Um dos destaques nos questionamentos, conforme Luiz Carlos Paes Vieira, da organização, foi o processo de banalização das candidaturas, acusado por parcela significativa dos universitários participantes.

Para o senador Roberto Freire, que abriu o evento na segunda-feira, a presença destacada de um palhaço na disputa - fazendo referência a um comediante que chama a atenção do horário eleitoral da TV, é salutar desde que o mesmo estivesse empenhado em participar do debate de projetos e não banalizar a importância da representação popular.

Mesma opinião é do especialista Chico Santa Rita. Com experiência de coordenação em mais de cem campanhas políticas ao longo das últimas três décadas, Santa Rita alerta que a população não enxerga quem está por trás destes chamarizes de votos.

O tucano Raul Christiano, no dia 15, foi mais explícito na critica. Ele lembrou que na eleição de 2002 ficou de fora da representação paulista para o congresso nacional, mesmo tendo quase 90 mil votos e o então "fenômeno" Enéas carregou para a Câmara dos Deputados, inexpressivas figuras com menos de mil votos.

A ex-prefeita paulistana, Luiza Erundina, defende que o capítulo constitucional que trata das comunicações no país seja regulamentado. Segundo a parlamentar muitas distorções no processo político brasileiro ainda são oriundos da concentração do controle da mídia na mão de poucas famílias no Brasil.

O delegado Protógenes Queiróz encerrou os debates nesta sexta (17) defendendo uma reforma política. Para ele o efeito Tiririca é uma afronta ao papel constitucional do congresso.

O Fórum Brasil aconteceu no auditório da biblioteca Aluísio de Almeida, no campus Cidade Universitária, e foi apoiado pelo Diretório Central dos Estudantes, Instituto Lunos, Centro Acadêmico Praxis (da Faculdade Pitágoras), Conselho Municipal do Jovem de Sorocaba, TV Votorantim e Sindicato dos Jornalistas Profissionais (delegacia regional).



Roberto Freire (PPS):

"O governo do PT viola os direitos do cidadão"










Chico Santa Rita (PV):

"Diversas campanhas escondem interesses"














Raul Christiano (PSDB):

"A educação é grande gargalo do progresso"









Luiza Erundina (PSB):

"Emociona ver os jovens debatendo política"








Protógenes Queiroz (PCdoB):

"Há carência de seriedade nesta eleição"






(Fotos: Guilherme Lion - Roberto Freire e Chico Santa Rita - ;
Marianna Barreto - Raul Christiano, Luiza Erundina e Protógenes Queiroz)

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